Repetição
Na repetição das palavras Nada romântico … A intimidade Poeta, poesia e papel.
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Doravante
Inventou as cores da minha loucura Criou trilha sonora para o meu coração Mas julgou as minhas ironias Tentou me colocar na redoma de vidro E regular os sentidos No susto Movimentei os passos Escrevo no silêncio do olhar Não demoro na ingenuidade Meu tempo é precioso É perigoso viver No amanhecer. Por Erica Gil
Jardim da poesia
Plantei palavras no jardim do meu quintal.Pela manhã vou regando com rimas, histórias e sonhos.Tomou conta da casa inteira, não tem mais espaço para crescer.Doei mudas poéticas para o mundo …A poesia resiste e o amor floresce. Por Erica Gil
Na construção dos versos
Calar os pensamentos A noite é melódica A lua inspira esperança Construo versos Na saudade que encanta. Por Erica Gil
Imagem
O sol que brilha A tua imagem no meu olhar Fiquei até te encontrar Não consigo tocar Apenas sentir Você No amanhecer e na poesia. Por Erica Gil
Ser poesia
Encontra-me Nos suspiros E arrepios A saudade não me cabe Deixa-me no sufoco E no papel … Ser poesia. Por Erica Gil
Fluxo e refluxo
Desconfortável Entre os gestos e palavras Lucidez anda cansada Contemplo o dia cinza e o silêncio inseguro Caminhei pela cidade A sombra em cena E o coração com medo Das rotinas. Por Erica Gil
Toque de recolher
Nem poesia Nem melodia O poeta no toque de recolher… A palavra saliva Na pergunta Na segunda No chá. Por Erica Gil
Vigília
Rua escura e na última casa à direita,fico no meu quarto até tarde driblando as palavras, condenada ao calváriodas escritas.Não tenho sono, tenho rimas, lágrimas, dores no estômago e saudade.O café na caneca gelado, a lua se despede, ouço o canto dos pássarose o sol chegando na minha janela.Não vejo você …Para contemplar a poesia…
Vazios
Limitar os vazios Na leitura E no silêncio Da solidão. Por Erica Gil